Estava analisando minha vida e percebi que uma simples atitude é capaz de mudar muita coisa. Comecei a fazer junções de fatos e pessoas...
Vou contar um pouco da minha história, para vocês entenderem...
Certo dia, com 9 ou 8 anos de idade, na antiga casa em que eu morava, uma vizinha me mostrou uma música que estava tocando no Rádio. Achei a música simplesmente fantástica, pelo fato de ter 9 minutos de duração, sem nenhum refrão... Ohhh, aquilo era genial pra mim na época. (Hoje fecho os ouvidos quando ouço).
Então, depois de ouvir a música Faroeste Caboclo da Legião Urbana me apaixonei pelas letras desse poeta romântico, ousado e sincero que foi Renato Russo. Pedi de presente de aniversário ou natal um CD da banda. Ganhei o Mais do Mesmo que tem as músicas mais populares. Daí em diante eu era a única na escola que os ouvia, sempre sozinha mesmo. Vejam só o que acontece, depois de uns 2 anos, uma tia que sofria por depressão (possivelmente por passar tardes ao som de Legião), briga com meu tio, pega a arma escondida no quarto de visitas e dá um tiro na própria boca oO. Tempos depois, esse tio descobre minha paixão por Legião e me dá dois dos CDs que minha tia costumava ouvir (sorte que não fui no mesmo caminho dela), os CDs eram A tempestade (O suicídio) e As quatro Estações (Ah, esse é bonitinho vai). E eu fiquei feliz por demais com aquele presente que minha tia havia me deixado.
Alguns anos depois...
Mudamos-nos para o bairro em que moramos atualmente. Recusei-me a ir à escola do bairro no primeiro ano, detestava todos nesse bairro (nem conhecia ninguém). Mas no ano seguinte fui para tal escola, e lá, finalmenteee!! encontrei um amigo que também gostava de Legião, tanto quanto eu. Aliás, encontrei o moço, mas até ficarmos amigos de verdade demorou muito. Eram briguinhas de lá, briguinhas de cá, mas tínhamos gostos em comum, ele tinha o CD Acústico MTV da Legião, então trocávamos, eu emprestava os meus e ele me emprestava os dele.
O tempo foi passando... Ele comprou toda a coleção de CDs, eu nem comprei mais nenhum, ele acabou vendendo a coleção (Não pra mim), mas depois eu comprei quase todos e os tenho até hoje. Nem ouvimos mais com tanta frequência, mas, vez e outra, quando nos reunimos para beber vinho, acabamos a noite ao som de Legião, e AINDA sabemos cantar praticamente todas!! \o/ Esse é o meu grande amigo Ricardo!
Além da nossa paixão por Legião Urbana, também tínhamos outra grande paixão: A banda Engenheiros do Hawaii. Sonhávamos em ir ao show deles e ficar esmagados na grade! E realizamos nosso sonho duas vezes, realmente ficamos esmagados e fomos muito felizes! A primeira vez em que vimos o show da banda, foi no Planeta Atlântida, para irmos até lá, o Ricardo me apresentou o Anísio, o cara que tem uma Van, fomos então com ele.
Depois desse show, fiquei com o telefone do Anísio para quando surgissem outros eventos. E surgiu, a Festa da Cachaça (Aquela que quase ninguém sai com o fígado inteiro), eu e minhas amigas queríamos muito ir, então liguei pro tal do Anísio, ele disse: Olha moça, já tem outra pessoa organizando excursão, mas, vou ver se ainda há vaga. Quando retorno, ele diz que está tudo certo, podemos ir com eles. Eis que conheço a menina Daniela, que na época trabalhava numa Rádio da cidade. Foi ela quem organizou tudo, e a que menos aproveitou a festa, tadinha, bebeu horrores e passou a noite tomando glicose, coisas que acontecem quando somos jovens.
Passou-se um tempo, eis que eu ligo pra tal rádio procurando a Daniela para perguntar-lhe sobre alguma festa (naquela época eu era bem mais festeira que hoje em dia, beem mais), então ela perguntou-me: você está trabalhando? Eu estava começando a vender assinaturas para um jornal de porta-em-porta, mas definitivamente aquilo não era pra mim. Então respondi que estava trabalhando, mas procurava algo melhor, ela então me chamou pra ir até a rádio fazer uma entrevista, porque havia arrumado outro emprego, e não é que deu certo, Me contrataram!!! Com 17 aninhos, até então tinha trabalhado em facções, numa loja de colchões, degustação de cafezinhos em supermercados e no jornal. E foi justamente depois que entrei na Rádio que percebi que gostava de comunicação e iniciei a faculdade. Trabalhei lá quase três anos, quando a mesma Daniela me indicou para uma vaga na empresa onde ela foi trabalhar, aceitei porque pagavam mais, mas confesso que gostava mais do ambiente maluco da Rádio, onde conheci um amigo que mantive contato e hoje ele me ofereceu outro emprego em outra Rádio da cidade.
Não é incrível como nós mesmos somos donos do nosso destino?
Atitudes tão bobas, podem mudar vidas!!
sexta-feira, 3 de julho de 2009
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Não sabia que tu também tinha blog, biscolina! Isso faz um bem danado... Adorei saber tua história com o Ricardo! Beijosssssss
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